quinta-feira, 29 de abril de 2010

Somos seres...parabéns Márcia!!


Foto: Márcia Vilarinho

Hoje, com a autorização da autora, publico, aqui, o texto"Substantivo próprio que forma o coletivo também"! Li e reli várias vezes. E da lição, ali, repassada, nunca me esqueci. Sou grata a você Márcia Fernandes Vilarinho Lopes. Querida escritora, poetisa, eterna aprendiz como ela própria diz. Vivemos num mundo de "rótulos", de "estigmas". Todavia, o que é essencial, é simples. Basta perceber. Somos todos substâncias e não acidentes despersonalizados. Substantivos e não adjetivos. Somos SER. Parabéns Márcia! O seu texto foi publicado aos 07/04/2010 em seu blog Madrigal da Metamorfose http://marciavilarinho.blogspot.com/

"Meus queridos amigos podemos dizer amigos, todos, de norte a sul, globais e extra-globais, que existe abaixo do texto um conversor de idiomas e para aqueles a quem o conversor não alcançar, por certo a mente conseguirá falar muito além do que podem as palavras.


Venho ponderar, refletir, revelar e relatar que me foi dado, e a tantos outros, posso lhes dizer que um sem fim, o rótulo de deficientes, como se fôssemos, por exemplo, vidros de remédios, que precisam de bula, e têm rótulo, para alguns até eu assinalaria “tarja preta”, ou até mesmo potes de ingredientes, sei lá, que essa coisificação do ser me incomoda. E por que remédios? Porque, na verdade, para muitos essas deficiências que se vêm são remédios para os karmas adquiridos...Possa ser? Mas, só para nós???!!!

Metáforas à parte, e ironias também, tenho vindo refletir, sobre vários temas, livre no meu caminhar, poesias, crônicas, textos, que espero não sejam palavras ao léu, e se o foram até então, neste momento, por certo, não o serão.

Tenho visto muita gente me chamar, por exemplo, entre outros petulantes rótulos “cadeirante” e meu olho se estatela, pra rimar com a minha costela, que também veio da de Adão. Eu me recuso a aceitar semelhante título, até porque sou substantivo e não adjetivo.
Quem sou, vamos nos recordar? Às vésperas do meu aniversário uma “senhoura”, já beirando alguns anos de rota, trilhas, experiências, amores, vida, alegria, espetáculo de vivência, de fé, coragem, maternidade, maternalização, viuvez, sonhos, paixão, trabalho árduo, realizações, aprendizados, dores e carinho.Perfeita? Não. Plena. Então além de substantivo eu também aceito o advérbio de modo. Como estou? Plena.


Plena inclusive desses rótulos multifacetados e multiaplicados, que deixam desaparecer o nome, a forma, o ser, do verdadeiro cidadão, que deve chegar antes da cadeira, da muleta, do cão treinado, da bengala, branca ou marron, dos óculos de grossas lentes, do corpo disforme...até por excesso de comida...até por carência alimentar...e outros tantos aparatos de sustentação.


Plena ainda, de preconceitos velados, sob o manto detestável da suposta e irreal capacitação. Cercada de tantos estudos eu não vejo a solução. Tantas pessoas me tomam a vaga especial, de roldão. Outro tanto delas não consegue naturalmente dar a sua mão, para andarmos de mãos dadas, tão gostoso e tão bom. Não!! Repletos de dogmas imaginam que o pobre deficiente pode de repente se apaixonar e amar e sensorialmente sentir, olha que beleza de pleonasmo. E aí você tem a mão ajuda, a mão cuidado, a mão repulsa, a mão que empurra, que acomoda a direção, a mão que é um não....e todas sem nenhuma expressão.


Queridos elos, a vida é soma de qualidades, lembrem-se do uso do filtro solar, levando a resultados e crescimentos tanto úteis quanto inúteis...e também é feita da soma das dificuldades caracterizando tanto descobertas de soluções como de destruições.


E se nos pusermos a refletir vamos sentir e perceber que há dualidade em tudo desde o nascer. Para a noite há o dia. Para o corpo há a alma! Para o defeito a hipocrisia? Ou para o defeito a sustentação? E ainda para o defeito a aceitação! E mais, para o defeito a correção! E assim parece que vamos saindo do lado avesso da via.


Bom meus amigos, porque estou a falar tudo isso. Ah! Porque eu me lembrei que não deveria esquecer nunca de dizer, olhemos todos ao nosso redor e tentemos, mas tentemos mesmo, pra valer, pra arrancada final, da pacificação e soma social, ver no outro o substantivo próprio, masculino ou feminino, ou nem uma coisa nem outra, e vamos nos estendendo as mãos, em soma de realização, sem tanta preocupação com o rótulo de identificação, que é subjetivismo...autêntico...e...de carregação.


Senhores com nomes, somos seres humanos exercendo o humano de nossos seres, vamos então finalmente ser de verdade e se a alguém ouvirem dizer cadeirante expliquem que a cadeira não faz parte do ser, e não chamemos a ninguém de pisantes, enxergantes, eficientes, normóides e outros rótulos mais, próprios, isso sim, para coisas e não para pessoas.


Ah! A todos aqueles que como eu andam de mãos dadas...meu sorriso mais feliz…e vou parar por aqui...com apoio na minha cadeira...apenas pra ir e vir...tá... sem deixar de ser Márcia Fernandes Vilarinho Lopes, substantivo próprio que forma e conforma o coletivo também". (Márcia Vilarinho, 07/04/2010).

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Quarta-feira...




Quarta-feira. Meio da semana. Tempo a caminho. Outono. Meio tom. Várias matizes. Mistura de cores. Eterno vir-a-ser. O que ontem foi, hoje é diferente, amanhã talvez. O clima é assim. Nem inverno nem verão. Friozinho outonal. Que ao longo do dia acalora-se. Nem doce nem amargo. Nem tímido nem arrojado. O equilíbrio está no meio?! Nem tanto ao céu nem tanto à terra. Mais ou menos. Meia idade. Meia razão. Dos 40 aos 59 nenhuma vacinação. Não é jovem nem velho. Todavia, idade mais do que suficiente para constatar que o que é bom está no recheio. Que também vem no meio. Meio do cachorro-quente, do pastel, da empada. Quantos devaneios. Meias verdades. Meias, não inteiras. Meias entradas no cinema. Melhor idade das meias. Amarelas e verdes. Da cor da bandeira. Da cor da laranjeira. Meio brejeira. Senhora faceira. Estação de outono. Movimento de sons. Aumente o volume. Ouça os pássaros. Entre no trem. Assentos do meio. Meio a caminho. No centro. No âmago do ser. Essência total. Pois meia essência não há. Ou é ou não é. Se já foi, um dia voltará a ser. Olha, aí, hoje é quarta-feira. Mãos à obra. Só mais uma vez. Pois como diz a música: “Amanhã talvez”!!!


terça-feira, 27 de abril de 2010

A arte do escrever...



O ofício do escrever é tarefa daquelas que não tem hora, tempo nem lugar. A qualquer momento é tempo, hora para a escrita. Muitas vezes, vivemos o “vazio” das idéias e dos termos. Noutro, passamos pela efervescência dos pensamentos, das palavras, dos sentimentos. Arte conceituada é conjunto de preceitos para um perfeito fazer. Na execução, busca-se a excelência do apuramento estético. Do brilho das letras. Da sinceridade do conteúdo. Da elegância dos juízos. Da expressão clara e coerente. Escrever é assim. Um ato de conhecimento, de vontade e de esperança. Domina-nos uma ânsia quase compulsiva de expressão. Comunicação. Vasculhamos as gavetas dos conhecimentos apreendidos e aprendidos. Vistoriamos os armários das nossas ciências. Misturamos o sentir na argamassa da futura obra. E como engenheiros e arquitetos, planejamos e executamos os edifícios dos nossos textos, das nossas idéias. Construimos casas. Apartamentos. Vilas. Bangalôs. Que maravilha seria produzir casas para todas as pessoas sem teto. Bastaria somente escrever. Um texto a cada hora. A cada dia. E o problema da habitação estaria resolvido. Pois o escritor também é movido e guiado por algum fim. Finalidade, objetivo, termo de chegada. Busca incessante à procura de respostas. O seu mote é acreditar. Sua pena desliza nas asas da esperança. “Quem espera sempre alcança”. E no ofício de escrever, o escritor espera alcançar o seu céu de alegrias. Comunicar sua dor. Seu amor. O seu conhecer. A sua percepção e sentir. Comunicar o seu ser. Escrever sobre tudo. A semana, a copa, a política, o tédio, o filme, o livro, a última invenção medicinal, a vacinação, o trabalho, a viagem, a cidade, a raiva, o sorriso, o palhaço, o universo. A comunicação é universal. Quando apreendemos algo de bom queremos partilhar. Já dizia a boa filosofia: o bem é comunicativo de si. Não nos aguentamos. Precisamos falar. Precisamos escrever. O ofício do escrever é assim. Comunicação. Doação de ser. Construimos, fazemos, escrevemos. Tocamos a essência das coisas com o tintilar da nossa pena. Da nossa caneta. Do lápis. Do nosso teclado. Tocamos a vida resumida a letras e tinta. Real e virtual. Tocamos cabeças e mentes. Corações e almas. E não importa a que distância estejamos. O escrever ultrapassa as barreiras do tempo e do espaço. Transcende a sua própria morada rumo ao infinito. O ofício de escrever acontece assim. Ele nos desperta do sono e nos impele a produzir, a construir. Hoje, construi um bangalô florido. Esperando que nasça um sol majestoso e imponente. Que pare a chuva. Já que tem chovido sem parar. Afinal, chuva e mais chuva favorece a tristeza, incita a depressão. E não há construção bem planejada que não sofra os efeitos desgastantes da enxurrada das àguas. Arrumem-se os girassóis. Pois eles querem girar. Na arte, no ofício do bem escrever. É assim o meu ser.


segunda-feira, 26 de abril de 2010

O retorno de Alice...



O clássico da literatura infantil, criado pelo escritor e matemático Charles Lutwidge Dodgson (1832-1898), em 1864/1865, sob seu pseudônimo Lewis Carrol, ganha nova forma e interpretação cinematográfica desde a sua primeira filmagem em 1903. Trata-se do conto inglês bem conhecido de todos nós, Alice no País das Maravilhas, que há muito pertence ao universo das estórias contadas e recontadas às crianças de várias gerações. “Tudo tem uma moral: é só encontrá-la” escreveu Lewis Carrol. Entender o que ele quis dizer e encontrar a sua própria lógica torna-se, de fato, um desafio ao enigma que foi a sua própria vida. A literatura de Carrol pertence ao gênero denominado nonsense. Expressão de origem inglesa que denota algo sem nexo. Bem apropriado ao mundo fantástico e surreal dos sonhos de Alice. Aliás, o sonho é assinalado por uma lógica do absurdo. E na primeira versão, Alice tem seus 11, 12 anos. E tudo naquele belo mundo que se lhe apresenta é para ela maravilhoso e fascinante. É a passagem da sua tranquila meninice para a inquietante adolescência. Com a estória que conhecíamos desde crianças, na cabeça, fomos assistir a nova Alice no País das Maravilhas de Tim Burton. Burton lança um novo olhar sobre a obra de Carrol. Ousa imaginar uma continuação, um retorno. E, aí, reside a sua criatividade. O diretor mesmo possuindo predileção pelo sombrio e aterrorizante, imprime ao filme, que tem a marca da Walt Disney, ares de uma vitalidade estética e transcendental. Trata-se, na essência, da mesma Alice, todavia, agora, já uma jovem que está saindo da conturbada adolescência a caminho da juventude. Órfã de pai, com sua mãe e uma irmã casada, é herdeira de um comerciante internacional. Com apenas 19 anos está prestes a ser pedida em casamento por um nobre de Oxford. Pressionada pela imposição da sociedade de sua época, Alice dá novamente asas à sua imaginação e sai correndo atrás do Coelho Branco. Precisa encontrar-se a si mesma. Tomar consciência de quem realmente é e o que quer para sua vida. Necessita posicionar-se perante o mundo dos adultos ao qual pertencerá. E assim, novamente, cai na toca e chega ao mundo subterrâneo. Tudo, ali, para ela é estranhamente “novo”. Todavia, os personagens são os mesmos. Bizarros e psicodélicos. O Coelho Branco, os Gêmeos Tweedle-Dee e Tweedle-Dum, o Gato esvoaçante, a Lebre de Março, o Chapeleiro Maluco, a Rainha de Copas, o Valete, a Lagarta, e outros. Ali, Alice descobre que depois que partiu, a Rainha de Copas destruiu o reino da Rainha Branca e subjuga a todos com tirania e crueldade. Somente o Chapeleiro Maluco reconhece na “nova” Alice a mesma menina que, ali, já estivera. Aliás, Alice reconhece que as melhores pessoas, muitas vezes, são os que, aparentemente, parecem “loucos”. Loucos porque fogem à regra pré-estabelecida para cada um dentro de uma sociedade dita “racional”. E a profecia dizia que somente Alice poderia enfrentar e derrotar o Dragão Jabberwocky e devolver o reinado à Rainha Branca. E assim foi. A jovem personagem consegue vencer o seu próprio medo e, finalmente, tomar nas mãos as rédeas do seu próprio destino. Encontra a sua resposta. Volta à realidade e recusa um casamento arranjado e sem amor. Enfrenta as críticas da sociedade. Adverte o seu cunhado infiel. Aconselha a sua tia senil a procurar ajuda médica. Empreende, juntamente, com seu ex-sogro/sócio, uma viagem dos negócios aos quais se dedicará. Parte para além do seu pequeno mundo. E, está lá, já transformada, a borboleta azul simbolizando uma nova vida. Um futuro promissor, livre e responsável. É o que acontece com cada um de nós. Não só na passagem da meninice. Da adolescência. Da fase adulta. Da velhice. Da morte que é transformação. Mas em todos os momentos. Em todos os instantes. Estamos sempre enfrentando os nossos medos, as nossas “Rainhas de Copas”. Mas, ao final, conseguimos ouvir a nossa própria essência, os nossos próprios “Chapeleiros Malucos”. Na lógica do absurdo, há alguma razão que, certamente, conseguimos encontrar quando, de fato, nos comprometemos em conhecermos a nós mesmos para, aí, sim, decidirmos ser felizes. Bela “roupagem”. Parabéns Tim Burton!






quinta-feira, 22 de abril de 2010

Terra, a nossa casa, o nosso lar...



Ah, Mãe, podemos chamá-la assim? Desde sempre és Gaia. Sustenta os nossos pés, acolhe as sementes que nos dão os seus frutos. Que alimenta a nossa gente. Como são belos os seus campos, as suas depressões, as suas colinas. Suas cachoeiras, cascatas, mares e oceanos. Irmã, Terra, diria Francisco. Estamos, aqui, a tantos anos e não aprendemos a amá-la de verdade. Contaminamos, exploramos, destruimos, matamos, conspurcamos o seu corpo e a abandonamos. Não és tu que precisas de nós, seres humanos. Vós sois obra perfeita do Criador. Nós, sim, é que precisamos de ti. E não nos damos conta disso. Perdão Terra querida. Neste seu dia a nossa oração. Para que os homens sintam e ajam com amor nos seus corações. Pois somente quem ama não mata nem destrói a quem só bem nos faz. Terra, a nossa casa, o nosso lar!


quarta-feira, 21 de abril de 2010

Ele não passará...





O amor não se esfriará...


Hoje, o dia, aqui, continua nublado, com chuva. Na segunda-feira, terminei a leitura do livro da Tânia Guahyba: “O amor se esfriará...de quase todos”. Uma advertência do evangelista S. Mateus. Tânia é pastora evangélica da Comunidade Cristã em Belo Horizonte. É formada em Pedagogia e Teologia. A proposta do livro, fruto de sua pesquisa e experiência no contato com diversas pessoas de sua igreja e também de outras, quer mediante a reflexão dos fatos, ali, relatados, tornar-se ponte de re-ligação do homem ao seu Criador. Falar de Deus e do Seu amor, nos tempos atuais, torna-se cada vez mais um desafio para aqueles que dedicam a sua vida à evangelização. Árdua tarefa pois os contra testemunhos são infindáveis mesmo, e, principalmente, dentro das nossas próprias igrejas. Seja ela qual for. Católica, evangélica, luterana, presbiteriana, etc, etc. É desafio, já que a fé deve ser esclarecida e iluminada pela reta razão, na busca da coerência entre palavras e vida. O que falamos, o que escrevemos, o que pregagmos, devemos viver. Ou pelo menos tentar. E isso é para todos. Fiéis, pastores, bispos, padres, religiosos, leigos, espíritas, ateus, agnósticos, etc. Afinal, ninguém consegue viver em contradição permanente. Pois fomos feitos para a verdade, para a bondade, para a fé e para o amor. Queiramos, aceitamos ou não. Por isso carregamos em nós uma ânsia de conhecimento, uma necessidade de comunicação, de afeto. Buscamos o belo que nos atrai. Somos movidos pela incessante procura do bem que nos felicita. Mesmo quando erramos, quando caímos. Temos sede do infinito. O que nos faz lembrar de Agostinho de Hipona que disse: “Meu coração só estará tranquilo quando repousar em Vós”. A cada um é dada a experiência de experimentar na sua própria carne os conflitos, as dúvidas, as intempéries, os dilemas da própria fé. Mas, também, a cada um que aceitar é dado a graça de re-encontrar o caminho e a paz. Nunca tinha ganhado um sorteio...nem em bingo de igreja...hehe...e o presente maior foi realizar a leitura e a reflexão do seu livro, Tânia. Achei muito interessante, criativo e oportuno o seu ponto de partida, a saber, a passagem em que S. Mateus adverte que por causa da multiplicação da iniquidade, o amor se esfriará de quase todos. O título de sua obra. E, hoje, olhamos a nossa volta e percebemos um mundo ainda em guerra, com desentendimentos, ódio, vingança, fome, mortes, destruições. E não precisamos ir muito longe para isso. Basta abrirmos os jornais. Sabermos as notícias. Uma colega que é assaltada. Jovens que são mortos. As drogas que se proliferam. Os filhos que matam os próprios pais. Mortes no trânsito. Desrespeito pela vida, pela natureza. Enfim, já conhecemos bem o quadro em questão. Mas o pior é constatar que a “morte” existe nos membros da própria igreja. É, a natureza humana está marcada pelo egoísmo mesmo. Todavia, cada um pode, com Deus, transformar a sua própria natureza. Pois o amor e o bem são muito maiores do que todo o mal. E no final das contas, como muito bem escreveu e viveu S. Paulo, “tudo passará...só não passará a fé, a caridade e a esperança. E maior delas é a caridade”. O amor tudo pode mesmo, tudo transforma, tudo vence, tudo supera. Que seja a nossa força. Parabéns pelo seu livro. Que o Pai Eterno lhe conceda vida e saúde para que possas, por amor, no amor e com amor, continuar a ser auxílio e sinal de esperança para tantas pessoas!! Valeu, Tânia. E assim, respondemos a nós próprios: o amor não se esfriará de todos nós!!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Kikiô em Brasília....


A semana começa...aniversário de Brasília. Brasília de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. Arquitetura de rara beleza. Traçados de graça, de paz. Assim deveria ser os Poderes que, ali, estão. Recantos de brasileiros honestos ondo o amor à Pátria e a seu povo deveria ser a ordem do dia, dos dias, dos meses, dos anos. Hoje, Brasília faz anos. Meio século. Parabéns, então, ao povo brasiliense!! Aos que chegam de fora e também se tornam um pouquinho do cerrado. Cerrado, matas, florestas. Hoje, também é o dia, dos primeiros habitantes dessa terra. Dia do Índio. Xavantes, caiuás, corumbiaras, guatós, bororos, tupis, e tantos mais. Em nossas veias também corre o sangue dos seus ancestrais. Quiçá mais distante, dos altiplanos dos Andes, da terra dos Incas. Recordamos dos índios do velho oeste. “Enterrem o meu coração na curva de um rio”...Índio lá e cá, sofreram muitas dores. Assim diz a canção que canta o querido sul-mato-grossense, Almir Sater, violeiro e poeta do Pantanal, “Kikiô nasceu no centro entre montanhas e o mar, Kikiô viu tudo lindo, tudo índio por aqui. Índia América teus filhos foi Tupi, foi Guarani”!! Passa em nossa cabeça um filme. A belíssima carta do cacique Seattle. Lição inesgotável de amor à natureza, à vida. Disse o Chefe índigena em 1855: “Tudo quanto fere a Terra, fere também os filhos da Terra”. Tão simples, tão sábio. E assim são também nossos índios. Verdadeiros brasileiros. Fica, aqui, a nossa singela homenagem a todos os grupos com raízes índigenas. Do Brasil, das Américas, do Mundo. Obrigada caríssimos irmãos!! Um bom dia, boa semana a todos!! : )


domingo, 18 de abril de 2010

Selinho Prêmio Dardos...


"O Prêmio Dardos é um reconhecimento dos valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web" (palavras da amiga Franciéle).

 
Recebi, então, este selinho indicado pela querida poetisa gaúcha Franciéle do http://franpoesias.blogspot.com/ e resolvi, como também em outros selinhos recebidos, quebrar as regras para oferecê-lo a todos as pessoas amigas, os blogueiros, blogueiras, que desejarem levá-lo para seus blogs. E quem não quiser, a amizade também será a mesma. Desde já, agradeço de coração, Fran, por seu carinho e indicação. Um bom final de noite e uma semana abençoada para todos, : ) 





Lady Laura...



“Me leve prá casa, Lady Laura, me conte uma história Lady Laura, me abraçe forte Lady Laura, me faça dormir Lady Laura”...A sua Laura partiu Roberto, de volta à casa do Pai Eterno. Na letra de sua canção desponta uma belíssima oração, uma declaração de amor à sua mãezinha querida. Mãe é assim. Um ser tão sublime e iluminado. Um anjo sempre ao nosso lado. Nas tristezas e nas alegrias. Na saúde e na doença. Nas vitórias e nas perdas. Às vezes, muitas vezes, sentimos mesmo vontade de tornarmos meninos, meninas, outra vez. Só para cabermos nos braços e abraços de nossa mãe. Só para imaginarmos que nunca vamos perdê-la e que seremos eternamente os seus pequenos. Canta, Roberto, canta seu o seu amor, canta a sua gratidão. Afinal, somos gratos a nossa mãezinha por estarmos vivos nesse universo imenso. Agradecidos por todos os ensinamentos, pelas noites mal dormidas, pelo zelo contínuo, pelos cuidados amorosos. Mãe é assim...um bálsamo perfumado em nossas vidas. Um ser maravilhoso que mereçe todo o nosso amor e o nosso respeito. A separação física, a dor é inevitável. Todos, um dia, passaremos por isso. Porém, nossa fé é que nos sustenta, por isso dizemos que sempre juntos estaremos. Você, Roberto com sua mãe. Nós com as nossas. Pois, o amor sempre reúne aqueles que se querem bem. E, nós, o queremos bem Roberto Carlos. Que Deus o abençõe. E que sua Lady, Lady Laura interceda por nós junto ao Pai Eterno, hoje e sempre!!

 

sábado, 17 de abril de 2010

Prova de amor...



“Prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão”...é a canção que já ouvíamos nos bancos eclesiais. Agora, ali, assistindo o filme sobre a vida do médium Chico Xavier, ela (a canção) parece ganhar novos arranjos nas suas notas musicais. Chico, como era conhecido por todos, completaria no último dia 2 de abril, cem anos, se vivo estivesse. Todavia, mesmo após a sua morte física, resta presente nas obras de caridade que deixou, na memória daqueles que o conheceram, no carinho daqueles que foram por ele confortados com suas cartas psicografadas. A sua vida foi um mistério divino. Manifestação viva da graça que toca as existências dos mansos e humildes de coração. De fato, o Espírito Santo “sopra” onde quer e em quem quer. E assim, foi Chico. Homem, espírito de luz. Alma caridosa e bondosa. Sinal do amor maior de Deus Pai entre os homens. Os espíritas celebram o centenário do seu nascimento. E, nós, também. Independente das diferenças doutrinárias, a essência da sua entrega, da sua doação ao próximo, torna-nos irmãos naquele que foi, que é o nosso Mestre Maior, Cristo Jesus. É o que sentimos, ali, nos bancos do cinema. Pessoas em silêncio, prestando atenção na sua biografia, na sua coletiva realizada em 1971, no programa Pinga-Fogo da TV Tupi. Ali, estava, antes de mais nada, um homem simples, de fala cativante. Antes da figura de um líder espiritual, um homem humilde que demonstrava com total franqueza as suas limitações humanas. E quantos espíritas existem no Brasil por causa de Chico Xavier. Que continuem praticando o bem, ajudando o próximo. Pois é preciso as obras juntamente com a fé. Se praticam o bem que difundam o amor ao próximo. E como diz a mesma canção tocada e lembrando o que nos ensinou o Cristo: “Eis que eu vos dou o meu novo mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado”. É verdade, prova de amor maior não há, do que doar a vida pelo irmão. E nesta prova, caro Chico Xavier, você passou com nota dez, com louvor!!! Quem tem ouvidos para ouvir, escuta: bela homenagem na música de Fábio Jr. Chico, Francisco, como tantos outros santos, como tantos peregrinos do amor!!!





Selinho da Luci...


E este outro selinho recebi da Luci querida do blog vida. Obrigada de coração!! Deixo-o, aqui, também, para todos que quiserem levá-lo para seus blogs. E quem não quiser, a amizade é a mesma. Nesta bela tarde de sábado, no aconchego de nossos lares, desejo a todos, como muito bem dito no selinho acima: UM BEIJO DE LUZ nos seus corações!!! Obrigada Luci. : )

Selinho...um encanto...


Recebi este selinho da querida Tânia do blog http://obradasnossasmaos.blogspot.com/ e desde já a agradeço de coração. Já recebi o seu livro que ganhei no sorteio...pensar que não ganhava nem em bingo de igreja..hehehe!! Obrigada Tânia, vou lê-lo e depois vou comentá-lo, ok?!! Bom, quanto ao selinho, tomo a liberdade de quebrar as regras que o envolvem. Deixo-o, aqui, para todas as pessoas amigas que o quiserem levá-lo para seus blogs. E quem não quiser também receba o nosso mesmo carinho. Afinal, cada blog que visito é um encanto todo particular, pois transmitem o jeito de ser de cada um de seus criadores. E, ainda, tomo a liberdade de não responder as perguntinhas das regras estabelecidas, deixando apenas dito que sou (ou tento ser) uma eterna aprendiz de humanidade!! Um abraço e um bom final de semana a todos!! : )

A filosofia do absurdo...retrospectiva da semana....



A semana passou como um vendaval de outono. Ventos balançando as folhas da àrvore da vida. Retrospectiva semanal. Segunda-feira inicia a labuta. Terça, a luta continua. Notícias. Trabalho. Afazeres. Casa, refeições. Família. Quarta. Quinta. Consultas. Exames médicos. Mais notícias. Fiquei indignada com a cara de pau do Prefeito de Niterói ao afirmar que o desastre do deslizamento dos morros foi imprevisível. E o político atribuiu a culpa às chuvas de S. Pedro. Aliás, S. Pedro deveria é mesmo fazer cair um raio na sua cabeça para queimar de vez os poucos neurônios da sua cachola de asneiras. Tolerância zero. Não dá para aguentar. Tratam-nos como idiotas. Então, a toda ação corresponde uma reação. Princípio da física. Raios e trovões. Tempo nublado. Dia de sol. Manhãs frias. Mudanças de outono. Variações de temperaturas. Mudanças de humores. Notícia, literalmente, chocante: um jovem de 21 anos, estudante e músico (com um conjunto a todo vapor), morre eletrocutado ao se encostar na armação da parada de ônibus numa das avenidas de Porto Alegre. E onde estão os culpados? Jogando a responsabilidade de um para o outro. A Prefeitura diz que a responsabilidade era da CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul). Esta, por sua vez, atribui à Prefeitura a falta de controle. Sem controle ficamos nós, simples mortais. Quem vai apagar a dor do coração dos pais daquele rapaz falecido?!! Reuniões, conversas, discursos. Mais um “caso” a ser esquecido pelas autoridades públicas. E o vergonhoso aumento dos aposentados, então?!! É de chorar de raiva. Falam do rombo da previdência privada pelo aumento dos aposentados. Mas, diga-se de passagem, irresponsável e criminosa é a capacidade maquiavélica dos grandes sonegadores de impostos. Sonegam e não estão nem aí. Afinal, suas aposentadorias já estão garantidas com o dinheiro a salvo num paraíso fiscal. Não estar nem aí para nada e para ninguém é a tônica do milênio. Alguns jovens não estão nem aí para que os pais dizem. Estes, por sua vez, não querem saber o que os filhos andam fazendo ou com quem andam. Vivemos num país (que não é o dos Maravilhas da Alice) mas onde acontece sempre o faz-de-conta. Faz-de-conta que me ensina e eu faço-de-conta que aprendo. Faz-de-conta que sei consertar seu automóvel e você faz-de-conta que está diante de um mecânico de verdade. Verdade, que verdade?! E depois falam que a filosofia não serve para nada. Que é pura invenção das cabeças esvoaçantes dos filósofos de outrora. Ah, mas antes ouvir um Aristóteles, um Sócrates, um Platão, um Erasmo de Roterdã, um Descartes, um Blaise Pascal e tantos mais. Pelo menos, diziam juízos mais bem estruturados, que faziam mais sentido. Tinham criatividade, arte e a beleza das palavras, dos pensamentos. Hoje, ouvir os políticos, artistas, e tantos outros mais, com raras exceções, só por Deus...aliás, até Deus já está se cansando da humanidade involuída. Hoje, pareço o próprio Gregório de Mattos, “o boca do inferno”, que derramava fel por meio dos seus escritos. Hehehe...Às vezes¸ adquirimos, também, as visões do inferno de Dante Alighieri, só para condenar os corruptos, assassinos, fraudadores, como dizem os orientais, para que queimem “no mármore do inferno”. Taí, uma expressão que nunca entendi. Se é mármore (pedra) como pode ficar tão quente...hehe..mas esta já é outra conversa. Papo de filósofo curioso, para alguns papo de louco....hehe... Louco é o agropecuarista que degolou um velho labrador como vingança pela morte de suas ovelhas. Mas a sentença do Juiz da 18ª Vara Cível de Porto Alegre o condenou ao pagamento de uma indenização ao dono cão. Onde já se viu? Não tinha provas de que o parente do “Marley” era o autor das mortes; o cão já era velho e sempre foi dócil; e de mais a mais, como disse o Juiz, ainda que o cachorro tivesse cometido tais fatos, não poderia ser responsabilizado por não fazer uso da razão, guiando-se, apenas, por seus instintos. Agravante: o pecuarista após matar o labrador teve o prazer insano de comunicar o grande feito ao capataz do proprietário do peludo e deixá-lo degolado na entrada da fazenda do seu dono. Enfim, quem é o louco?! Acho que aquele pecuarista degolador de cães (pois o dito cujo era "reincidente" já que tinha degolado uma cachorra antes do labrador) tem algum parentesco com o Prefeito de Niterói. Afinal, ambos são de uma estupidez sem fronteiras...Pobres ovelhinhas nas mãos daquele "sanguinário"...hehe..temos que rir para não chorar...riso, filosofia do absurdo. Por isso, digo: santa loucura filosófica que nos liberta de tantos condicionamentos e escravidões. Que nos faz pensar com a própria cabeça. Livres mas conscientes das nossas limitações. Estamos felizes. A mãe está bem. Estável. E vamos em frente. Amanhã é sábado ou hoje não sei. Mas, enfim, é final de semana. Momento de arrumação. Colocar em ordem a nossa desordem do dia-a-dia. Um beijão no coração de todos, como dizem por aqui, bom “findi”!!! Vou mas voltooooo...hehehe!!


sexta-feira, 16 de abril de 2010

É bonita...



A vida é melhor quando tudo renasce num belo dia de sol. Ventos, chuvas, tempestades já são àguas passadas. Não movem moinhos. Não voltam atrás. A vida segue seu curso. É trajetória que se faz. A esperança desponta no céu da existência como o arco-íris que cintila na luz matinal. Recomeçar, reinventar-se é o sagrado ritual. Todos os dias despertar, pé na estrada, pois nada é igual. Um dia após o outro, os contrários se encontram. A permanente luta entre o bem e o mal. Divino mistério, sabedoria colossal. Assim diz a canção e sei que “a vida deveria ser bem melhor e será. Mas isso não impede que eu repita, é bonita, é bonita e é bonita”!! Vida cantada, vida sofrida, vida amada, vida cumprida, vida marcada. Vida sentida. E escolhida. Sempre a vida, vida será. Boa ou ruim; breve ou longeva; alegre ou triste; surpreendente ou monótona; agitada ou serena; refletida ou inconsequente; presente ou ausente; desejada ou acidental; natural ou formal...Enfim, sempre vida ela será. E será melhor, na pureza das respostas das crianças, pois a vida “é bonita, é bonita e é bonita”!!


Na correria....hehehe...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Reflexão...


Sinto um vazio de idéias, de conceitos. Nestes últimos dias, sinto uma grande tristeza em meu coração. Tristeza em ver o sofrimento de tantas pessoas no Rio de Janeiro. Niterói, São Gonçalo. Morros. Lixão. Chuvas. Lama. Lugares impróprios para moradias. Descaso das autoridades públicas. Problema social. Urbanização irregular. Mortes. Tristeza. Heróis são os bombeiros que trabalham incansavelmente à procura de moradores soterrados sob o mar de lama que despencou dos morros. Até quando?...nos perguntamos. Quantas vidas mais serão preciso para que algo sério e efetivo seja feito? Afinal, as autoridades sabiam que tal desastre poderia acontecer. E nada fizeram. Pessoas despojadas de seus sonhos e de suas vidas. E um morador em lágrimas dizia: “Aqui, somos pobres mas há muitas pessoas boas”. É claro que sim. Pobreza não é sinônimo de mau caráter. Antes pelo contrário. As mais honestas e com decência, ali, certamente, se encontram. Ou pelo menos, se encontravam. Hoje, depois de ouvir e ver tantas notícias sobre o ocorrido, senti-me assim. Desconexa, atordoada. Sem organização nas idéias. Nos raciocínios. O que pulsa é somente o sentimento de indignação por aquele povo tão querido. Resta um vazio na alma das vidas que se foram. Os filhos que perderam o pai, a mãe. A mãe que perdeu um filho, um marido. Famílias em desespero. Tanta luta para ter um espaço seu. Ainda que seja um barraco num morro qualquer. Povo sofrido. Crianças chorando. O cãozinho também saindo dos escombros da lama e dos destroços. Que povo solidário também. Isso atenua. Conforta. Eternece o coração. Lição a ser repetida várias vezes. Sabedoria que não acompanha os políticos, os homens do poder. De que raça são feitos? Não adianta chorar lágrimas de “crocodilo” depois que tudo passou. É preciso ação preventiva. É preciso dignidade. Moradia decente em lugares adequados. É preciso consciência de bem comum para tratar do problema do lixo urbano. É preciso investimento social, tecnológico e ambiental. É preciso boa educação. Combate às drogas. Erradicação das favelas, da fome, da miséria. É preciso vergonha na cara. Amor ao próximo. Amor ao Brasil e ao seu povo. Pois é assim que gostaríamos de continuar a ver os cariocas. Como um povo trabalhador e realmente feliz. O nosso carinho, nossa solidariedade.

sábado, 10 de abril de 2010

Nasce o dia...


Nasce o dia...

Dia de outono, estação das folhas, dos ventos...

É sábado, no coração e na mente...

Brilha o sol, brinca com a gente...

Nasce assim...

Nas palmas das mãos, no chão do horizonte...

Pintado com as tintas do sentimento...

Belo e eterno...

Desperta do sono, acorda para a vida...

Nasce assim...

Como um belo dia de amar!!!

Bom dia, bom sábado, um bom final de semana a todos!! : )



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